Se visibilidade é o que se negou à História da África, dos africanos no Brasil e da cultura afro-brasileira, os alunos do campus Timóteo do CEFET-MG mostraram no evento de ontem que estão nesse mundo para fazer a diferença. Trataram esses temas com responsabilidade e maturidade na apresentação de trabalhos e na produção de documentos visuais e audiovisuais. Os alunos da EDI 3N, da INF 3, da QUIM 2, EDI 2 e da INF 2 realizaram a exposição “Intérpretes do Brasil”.
A turma do terceiro ano de Química produziu uma campanha publicitária contra o racismo, que teve a arte final produzida pelo discente Eduardo Barony, que pela excelência tornou-se o logo do evento desse ano. Três curtas metragens dos nossos discentes foram exibidos na ocasião e merecem destaque pela qualidade.
- “A história do pagode”, realizada pela turma do terceiro ano do curso integrado de Informática. Nesse curta, o pagode é decodificado e despido de preconceitos, compreendido como um ritmo brasileiro.
- “O que é favela, afinal?”, de Yuri Fernandes e Amanda Silva, do terceiro ano do curso integrado de Edificações. Uma livre adaptação do livro “Becos da Memória”, de Conceição Evaristo. Neste curta, o imaginário sobre a favela é discutido. A favela não é romanceada, nem tratada como reduto de marginais, ela ganha textura e vida.
- “A história e a identidade no Brasil”, de Marlon Bruno, com locução de Roane Adriene, alunos do terceiro ano do curso integrado de Química. Nesse vídeo nos é apresentada a história da formação de nossa identidade e a mácula da desigualdade social ainda presente em nossa sociedade.
No trabalho apresentado pelos alunos do primeiro ano, África e Brasil estreitaram seus laços através dos seus problemas sociais, buscando soluções por meio do debate e da ação.
Nosso evento continuou com música. Antônio Gurgel (EDI 3), João Vitor Pimentel (QUIM 1) e Henrique Stopa (EDI 2) cantaram “Racismo é Burrice” (Gabriel – O Pensador, 1993).
E terminou com uma grande roda de samba promovida pela turma do terceiro ano de Edificações, ao som de “Não deixe o sambar morrer” (Edson e Aloísio, 1975), do jeito que a professora de História gosta . Depois foi só degustar os quitutes da turma do segundo ano de Química, que uniram os sabores da África e do Brasil. E, assim, unindo as forças com debate, liberdade e ação, poderemos fazer do Brasil um país verdadeiramente democrático.
Domingo, 20 de novembro de 2011. Dia da Consciência Negra. Acesso o Facebook e encontro o silêncio. Raríssimas publicações falam sobre este dia, os assuntos da hora são a campanha sobre Belo Monte e a ocupação da PM na USP. A corrente pedindo para os membros dessa rede social trocarem seus avatares por personalidades importantes na luta contra o racismo não vingou. Faz-se o silêncio. Um silêncio cruel. Um silêncio historicamente construído.
Ontem, durante o encerramento do Encontro Ibero-Americano em comemoração ao Ano Internacional dos Afrodescendentes, na Bahia, a presidente Dilma Roussef afirmou que a maior herança da escravidão é a invisibilidade da pobreza, discursou também sobre a desvalorização do trabalho que tem origens nesse período da nossa história, mas todas as manchetes estamparam uma de suas frases “a pobreza no Brasil tem face negra e feminina”. Frase de impacto é verdade, contudo essa escolha nada tem de ingênua. Em breve pesquisa no Google, é possível encontrar muitas vozes e alguns gritos enfurecidos contra tal afirmação de nossa presidente. Todas possuem como argumento a igualdade - herança da Revolução Francesa e garantida como um dos direitos fundamentais em nossa Constituição Federal. Não se pode dar cara à pobreza. A pobreza é um mal interracial. O problema não está no racismo, está na desigualdade social, essa atinge a todos sem distinções de cor, credo ou gênero. É exatamente esse o argumento por trás de frases como “Devia existir o Dia da Consciência Branca ou o Dia do Orgulho Heterossexual”. Somos todos iguais, bradar a diferença é legitimar e perpetuar o preconceito. É mesmo?
No sábado, durante o evento do Dia da Consciência Negra, no campus VII do CEFET-MG falei para mais de uma centena de estudantes sobre a contradição presente no uso do termo “raça”, já que ele que está no bojo dessas discussões ora favoráveis às políticas de afirmativas do Estado, ora contrárias a elas. Com o fim da tese poligenista e o avanço das pesquisas genéticas, sabe-se que é impossível falar em raças na espécie humana, afinal 99,9% do genoma humano é comum em todos nós. Esse dado científico põe por terra a nossa preciosa miscigenação, nossa democracia racial (eu diria que a reafirma em outros termos), mas termina também por fornecer munição ao fuzilamento dos movimentos e políticas de afirmação. Somos todos iguais!
Ora, então deveríamos mudar o parágrafo XLII, do art. 5º da Constituição Federal que estabelece que o racismo é crime inafiançável e imprescritível. Vamos também por em xeque a Lei nº 1.802/1953 (art. 11, b), a Lei nº 5.250/1967 (art.14), o Código Penal Militar (art. 208) e, principalmente, a Lei nº 7.716/1989, que “Define os Crimes resultantes de Preconceitos de Raça e ou de Cor”. Se somos todos iguais, qual a função da legislação que prevê o tratamento de tais temas nas escolas públicas e privadas? Vamos revogar a Lei 10.639/2003, a Lei 11.645/2008, o PLANAPIR – Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial, de 04/06/2009, e o Decreto 6.872, art 4º, inciso I e II. O Racismo só existe quando se pressupõe que algumas raças são superiores a outras, se o próprio conceito de “raça” é refutado, proclamar sua existia é por si só racismo. E o coro aumenta, somos todos iguais!
Sim, biologicamente, somos todos iguais. Se academicamente, sabemos que não podemos falar em “raças”, poderíamos fazer essa mesma afirmação quando nos debruçamos sobre o imaginário social?
Vamos à história, mesmo que de forma breve, para pensar essa questão. No mundo antigo, a cultura grega fazia uma clara distinção entre gregos e bárbaros. Helenos e persas não eram iguais. Para Aristóteles, existiam homens que por natureza eram destinados à liberdade e outros à escravidão. O racismo aqui não residia na cor da pele, nem o estava no medievo. Entre o século XVI e XIX, buscava-se no mito da origem a legitimidade para a construção dos Estados e da ideia de nação. Criava-se uma hierarquia entre os povos, alimentada pelo Iluminismo que buscou uma classificação das raças humanas, semelhante a da fauna e da flora.
No início século XX, cresciam os estudos científicos das raças com a Antropometria, a Frenologia, a Antropologia Criminal e a menina dos olhos - a Eugenia. Todos sabem onde esse caminho levou a humanidade quando se tornou política de Estado - o Holocausto. Poucos se lembrarão de exemplos da política de eugenia nos EUA ou no Brasil. Mas isso é passado, para quê lembrar disso? Hoje, graças à pesquisa genética, sabemos muito mais que os homens de outrora. Sabemos mesmo?
Ontem, durante minha fala no CEFET, tomei o livro didático de História usado na instituição como documento. Colonização-Descolonização. Escravidão-Abolição da Escravatura. Problema e solução. Pronto! E o silêncio continua. A Lei 10.639/2003 mostra seus resultados a passos lentos, qualquer professor sabe disso. Tratar da História da África, dos africanos no Brasil e da cultura afro-brasileira no material didático não é tapar buracos com parágrafos ou capítulos sem qualquer relação com o restante do livro. Continuamos a lidar com materiais que tratam a África como terra inculta e bárbara ou como vítima (do imperialismo, do capitalismo e etc.), como tornar sujeitos históricos todo um continente sem voz?
Se fôssemos todos iguais, não haveria silêncio nos nossos livros didáticos. Negar o processo de branqueamento da nossa história é compactuar com a desigualdade.
Se fôssemos todos iguais, o tratamento desigual segundo a cor da pele seria impensável. Quem pode dizer que racismo não existe? Quem acredita que antes de parar um negro em uma blitz, o policial pensa que 99,9% do genoma humano é comum ou lembra que o Neguinho da Beija-Flor tem 70% de ancestralidade européia - como mostrou outrora a Revista Veja, em matéria contra as cotas raciais na UnB?
Fotografia "Todos Negros", de Luiz Mourier. Não, não é o flagrante de trabalho escravo
em uma zona rural, mas de uma blitz policial, no Rio de Janeiro, em 1982.
O conceito de raça não se sustenta biologicamente, mas quem pode negá-lo como discurso social? Criticar o movimento negro ou as políticas afirmativas por supor a existência de uma raça negra é negar que socialmente ela existe e está na base da desigualdade social em nosso país. Políticas educacionais universalistas existem no Brasil há muito tempo, todas pautadas no direito à igualdade. Não há exames segundo a cor da pele para o ingresso no ensino fundamental, médio ou técnico nas escolas públicas e privadas do nosso país. Houveram provas separadas segundo a cor da pele no ENEM? Então, como explicar que negros passam menos tempo que brancos na escola ou que existam mais brancos na universidade?
Na manhã de ontem, terminei minha palestra dizendo que miséria tem cor, mas ninguém pareceu se incomodar com a fala de uma simples professora. Alguns foram para casa pensando nas questões propostas no evento, outros se esqueceram como quem muda o canal da televisão. No mesmo dia, a presidente Dilma ousou dar uma cor e um gênero à pobreza, muitos se sentiram ultrajados por nossa chefe de Estado estabelecer diferenças e negar a “igualdade”. Eu estou orgulhosa por ter uma presidente que nos lembre que, infelizmente, não somos todos iguais!
Hoje, após a palestra do Prof. Giorgio Lacerda e o debate que se seguiu sobre diversidade, fiquei com uma música na cabeça.
"Se foi para diferenciar
Que Deus criou a diferença Que irá nos aproximar Intuir o que ele pensa Se cada ser é só um E cada um com sua crença Tudo é raro, nada é comum Diversidade é a sentença
Que seria do adeus Sem o retorno Que seria do nu Sem o adorno Que seria do sim Sem o talvez e o não Que seria de mim Sem a compreensão
Que a vida é repleta E o olhar do poeta Percebe na sua presença O toque de deus A vela no breu A chama da diferença
A humanidade caminha Atropelando os sinais A história vai repetindo Os erros que o homem trás O mundo segue girando Carente de amor e paz Se cada cabeça é um mundo Cada um é muito mais
Que seria do caos Sem a paz Que seria da dor Sem o que lhe apraz Que seria do não Sem o talvez e o sim Que seria de mim... O que seria de nós
Que a vida é repleta E o olhar do poeta Percebe na sua presença O toque de deus A vela no breu A chama da diferença."
Nessa semana, discuti no primeiro e no terceiro ano, respectivamente, os temas Revolução Francesa e Guerra Fria. O que esses dois temas possuem em comum? Qual a importância da Revolução Francesa para os conflitos ideológicos do século XX? Pensando nessas questões, convido-os a uma viagem com data de início e de chegada – de 1789 a 1989.
Copérnico. De revolutionibus orbium
coelestium, 1543.
Relembrando as aulas no primeiro ano, a expressão "revolução" foi usada pela primeira vez na obra de Copérnico, De revolutionibus orbium coelestium, de 1543, para caracterizar um movimento cíclico e necessário dos astros. Especificamente, a trajetória orbital dos planetas em torno do sol. A concepção de “revolução” como um movimento cíclico se coaduna à própria relação com o tempo estabelecida naquele momento. O tempo era visto como um movimento cíclico, onde a história ocuparia a função de selecionar e guardar seus exemplos para as próximas gerações. De acordo com Koselleck (2006), mesmo que o Cristianismo tenha inaugurado uma perspectiva de tempo linear – do nascimento de Cristo (momento único e irrepetível) à Salvação -, ainda sim a concepção cíclica do tempo deixa seus resquícios. A história secular passa a ser uma sucessão de acontecimentos que se repetem (sucessão de governos, guerras e etc.), cabendo o tempo linear apenas àqueles que possuem a vida eterna e olham com indiferença os eventos do mundo pagão, dirigindo sua perspectiva de futuro para a promessa de a vida eterna.
Eugène Delacroix.A Liberdade guiando o povo. Óleo sobre tela,260 cm × 325 cm.Paris: Museu do Louvre.
É com a Revolução Francesa que o termo “revolução” passa a significar a emergência de algo novo sem precedentes, da mesma forma como se processou a mudança semântica da palavra história para História - da forma singular de história como uma conexão de acontecimentos para a concepção de História como um processo de sentido imanente. Desta forma, a palavra “revolução” passou de um termo que podia englobar diversas revoluções para um movimento ímpar: a Revolução. A Revolução Francesa torna-se, portanto, a origem e o destino da História. No limite desse processo, a Revolução incorpora a própria História, na medida em que a história universal é a história da Revolução Francesa em suas várias etapas (KOSELLECK, 2006). O socialismo ancora-se como herdeiro da Revolução Francesa, responsável pela conclusão de seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. O socialismo é tomado como etapa natural da História, cujo movimento é irreversível, cabendo aos homens somente a tarefa de acelerar seu curso. Nessa perspectiva, a Revolução é legítima e em seu nome todos os meios são legítimos, inclusive o uso da violência e do terror, como no governo de Stálin. Segundo Koselleck (2006, p.77), “a relação entre as palavras e seu uso é mais importante para a política do que qualquer outra arma”.
Stálin: o capitão. Aquele que guia o povo, que os direciona ao caminho correto e próspero.
Segundo o historiador Eric Hobsbawm (1995), o século XX foi marcado pela luta do capitalismo para se manter, e, do socialismo para se instalar e conduzir a História ao seu futuro – o comunismo. Entretanto, nesse combate, o capitalismo findou o século XX mais hegemônico que nunca. E, mais recentemente, temos acompanhado os efeitos da crise econômica nos EUA e na Europa, assim como o nascimento de protestos contra o sistema capitalista em todo o mundo (Imagens aqui).
Propaganda do governo americano
contra o comunismo.
Durante a Guerra Fria o mundo foi dividido entre dois blocos: o capitalista (EUA, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia) e o socialista (URSS, Cuba, China, Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Iugoslávia, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia), assim definido de maneira bem geral. Diversos autores sublinham a inexistência de um perigo real de destruição durante a Guerra Fria. De acordo com Hobsbawm (1995), a URSS não representava um perigo real para o bloco capitalista, pois assumiu durante o período uma postura defensiva. Talvez pela certeza de que a história seguiria o seu curso natural e inalterável em direção ao comunismo. Ainda de acordo o historiador inglês, os EUA assumiram uma atitude agressiva frente ao socialismo, promovendo uma Caça às Bruxaspara angariar votos nas eleições.
De 1945 a 1953, o socialismo soviético vivia seu momento de expansão, marcando posição com a Guerra da Coréia (1950-1953). Segundo Eric Hobsbawm (1995) e Daniel Aarão Reis (2008), até a morte de Stálin em 1953 – que acreditava na substituição inevitável do capitalismo pelo comunismo -, o regime socialista passava por seu apogeu, estendido até a vitória sobre os EUA na Guerra do Vietnã (1959-1975). O mundo marchava para o socialismo.
Em 1985, Gorbatchev dá início à reconstrução soviética – perestroika. Entre suas principais medidas estão: a diminuição do investimento e da produção armamentista; a busca de um equilíbrio entre o pesado centralismo estatal e a autonomia das empresas; transparência na gestão do governo – glasnost. Existem muitas divergências historiográficas sobre os fatores impulsionadores das reformas comandadas por Gorbachev na URSS, as principais são: a pluralidade cultural que impedia a criação de uma unidade nacional (Cf:Hélène Carrère d’Encausse); a formação da burocracia como uma nova classe explorada simpatizante aos ideais capitalistas (Cf: MilovanDjilas); e, a queda da taxa de crescimento da União Soviética em virtude dos altos gastos investidos na corrida armamentista (Cf: HollowayeHobsbawm). Muito divulgadas na mídia à época, duas pretensas causas são duramente questionadas pelo historiador Ângelo Segrillo (2000): as pressões internas por maior abertura política; e, o descontentamento popular gerado pelo empobrecimento dessa camada social. Para o autor, as causas da perestroika estão no declínio econômico causado pela incapacidade da União Soviética de acompanhar o desenvolvimento tecnológico experimentado pelos demais países, em especial a EUA, hipótese também levantada por Hobsbawm ao lado de outras.
Representação do Partido Comunista da URSS,
no final da década de 80.
A reestruturação da União Soviética a partir da década de 80 resultou em um verdadeiro “furacão” político, social e econômico, na medida em que as mudanças naquele país resultaram na reestruturação do equilíbrio de poder e na expressiva emergência do neoliberalismo pelo mundo. A nova orientação política e econômica da URSS trouxe o discurso neoliberal para o centro do debate. Nas eleições pós-perestroika realizadas no Brasil, por exemplo, o debate sobre a questão da privatização foi marcado por referências à União Soviética (SEGRILLO, 2000).
Todas as medidas executadas por Gorbatchev geraram críticas ferrenhas ao seu governo, acusando-o, principalmente, de trair o socialismo ou de atrasar a marcha da História. No ano de 1989, a última barreira do capitalismo na Europa Central desmorona. A queda do muro de Berlim instaurou um tempo de incertezas.
Capital do Terceiro Reich e dividida após a Segunda Guerra, a cidade de Berlim representa bem o descentramento experimentado após 1989. Durante toda a década de 90, uma intensa discussão e um grande investimento foram direcionados para projetos urbanísticos e museológicos na área onde se fixava o muro. O que fazer? Que relações manter com o passado, mas também e, principalmente, com o futuro? Monumentalizar o passado ou construir um novo presente? Como nos apontou o historiador francês François Hartog (2003), Berlim transformou-se em uma cidade emblemática, lugar de memória, marcada, assim como toda a sociedade ocidental, pela necessidade do esquecimento e o dever da memória. A cidade apresenta-se entre vários regimes de tempo, esboçando um tenso diálogo com seu passado e lançando-se timidamente no futuro.
Por fim, deixo um vídeo tocante. Em novembro de 1989, sentado em frente a uma das partes ainda erguidas do muro de Berlim, um senhor toca seu violoncelo. Esse senhor é o músico russo Rostropovich, considerado um dos melhores violoncelistas do século XX. Após anos de luta pela liberdade de expressão em seu país e de ver vários amigos presos, Rostropovich fugiu da URSS em 1974 e teve sua cidadania cassada. Quando questionado os motivos que o levaram até aquele lugar, naquela data, ele apenas disse: "Foi o que meu coração ditou".
Bibliografia: HARTOG, François.Régimes d'historicité. Présentisme et expériences du temps. Paris: Seuil, 2003.
HOBSBAWM, Eric J. A Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000. KOSELLECK, Reinhart.Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto/Ed. PUC-Rio, 2006.
REIS FILHO, Daniel Aarão. Crise e Desagregação do socialismo. In: FERREIRA, Jorge; REIS FILHO, Daniel Aarão; ZENHA, Celeste. (Orgs.). O século XX. O tempo das crises: revoluções, fascismos e guerras. 4. ed. V. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
SEGRILLO, Ângelo. O Declínio da União Soviética. São Paulo/Rio de Janeiro: Editora Record, 2000.